Pressurização na cabine de uma aeronave
A pressurização que é necessária para voar acima dos 10.000 pés (3.000 metros) de altitude, mantém o interior do avião com uma pressão em torno dos 8.000 pés (2.400 m), independentemente da altitude real em que a aeronave esteja voando.
O sistema sangra a ar dos motores e injeta-o na cabine hermeticamente fechada, resfriando esse ar quente até uma temperatura confortável, ao mesmo tempo em que torna sua pressão adequada aos seres humanos.
Durante decolagens e pousos, o sistema vai trabalhando nesse sentido, mas de forma lenta. Em algumas aeronaves, a despressurização, a perda da pressão interna durante a descida, ocorre a uma velocidade de 90 metros por minuto, enquanto a aeronave desce de 490 a 610 metros por minuto. Isso pode causar desconforto, principalmente em pessoas gripadas, com ouvidos entupidos, por causa da lenta equalização das pressões do ouvido médio. Por isso, é recomendável bocejar, mascar chicletes ou deglutir mantendo as narinas fechadas. Nos aviões pressurizados, existem válvulas (Out Flow) com a função de deixar escapar, de maneira controlada, parte desse ar injetado para a pressão manter-se conforme o desejado (altitude de pressão interna, produzida artificialmente).
A diferença entre a pressão real (externa) e a artificial (interna) é conhecida como diferencial de pressão e varia para cada tipo de aeronave. A vedação de portas e janelas mantém a pressão interna; esta, por sua vez, impede a abertura de qualquer uma dessas saídas durante o voo, pois a pressão interna, que é maior, empurra as portas e janelas para fora da aeronave. Por isso, não é recomendado abrir uma porta de avião em voo, quando ele se encontra pressurizado.
Coluna de JPassarelli
Voando Padrão
Cmte José Passarelli
Engenheiro Cívil
Professor Universitário
Instrutor de Navegação Aérea,
Teoria de Voo e Aerodinâmica em Voo em Escolas de Aviação Civil.
Escreve voluntariamente para o site AeroJota.
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