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Janja tenta arquivar ação sobre avião da FAB usado em missão sem cargo

Janja tenta arquivar ação sobre avião da FAB usado em uma viagem à Rússia com comitiva mínima. O voo ocorreu a bordo de um KC‑30, modelo Airbus A330‑200 da Força Aérea Brasileira, com menos de 10% da capacidade ocupada. Segundo o site Metrópoles, que revelou a denúncia, a primeira-dama chegou ao país cinco dias antes do presidente Lula, sem qualquer agenda oficial ou função diplomática.

Apesar de não ocupar cargo público, ela utilizou uma das aeronaves mais caras da FAB como se estivesse em missão de Estado. Por isso, um advogado e um vereador entraram com ação popular, cobrando explicações sobre o uso de recursos públicos em deslocamentos simbólicos. Além disso, Janja e a AGU tentam encerrar o processo judicial com a alegação de “ativismo”. Caso a Justiça aceite esse pedido, novos abusos poderão se repetir sem controle institucional.

KC 30 da FAB e a ação Judicial contra a JANJA
KC 30 da FAB e a ação Judicial contra a JANJA

Ao mesmo tempo, em que Janja utilizou o KC‑30 para uma missão informal na Rússia, a FAB enfrenta restrições operacionais severas. Atualmente, falta verba para abastecimento, manutenção e deslocamentos essenciais. Como resultado, bases têm cancelado voos de treinamento, limitado missões logísticas e reduzido atendimentos médicos.

O A330-200, adquirido para ser adaptado à função de reabastecimento em voo e transporte estratégico, ainda não cumpre esse papel, pois o processo de conversão para MRTT está atrasado por falta de recursos. Mesmo sem essa capacidade ativa, a aeronave foi usada para transportar uma comitiva mínima em uma missão sem valor institucional. Essa contradição desperta revolta entre os contribuintes.

O uso de um avião militar de grande porte para uma missão simbólica mostra o descompasso entre poder político e responsabilidade institucional. A FAB deveria concentrar esforços em defesa nacional, apoio humanitário e transporte emergencial. Em vez disso, precisa redirecionar seus recursos mais estratégicos para compromissos pessoais. Por esse motivo, cresce o desgaste da imagem da Aeronáutica. A população percebe esse contraste enquanto enfrenta crises reais, como enchentes, queimadas e desastres naturais — e não vê a FAB plenamente ativa nessas respostas.

A evasão de militares é crescente. Pilotos deixam a FAB por não conseguirem voar o mínimo necessário para manter sua qualificação. Ao mesmo tempo, profissionais da saúde evitam os concursos por conta das condições precárias e da baixa atratividade da carreira. Quando médicos se desligam, a reposição leva tempo e gera lacunas graves nos serviços oferecidos. Por outro lado, viagens de luxo seguem autorizadas. Como resultado, unidades funcionam no limite, e a prontidão operacional da Força Aérea se reduz mês após mês. Enquanto isso, o alto escalão político continua voando sem qualquer restrição.

Projetos essenciais para a soberania nacional também enfrentam paralisia. O programa dos caças Gripen F‑39E sofre novos atrasos, e a modernização de mais de 60 A‑29 Super Tucano permanece estagnada. A frota de aviões executivos da FAB está comprometida: sete das dez aeronaves permanecem paradas, aguardando manutenção. Isso compromete a capacidade do Brasil de responder a crises. Ainda assim, as estruturas logísticas permanecem disponíveis para deslocar pessoas sem função pública oficial. Por esse motivo, a revolta popular cresce a cada novo caso.

Janja usou e usa avião da FAB sem cargo, sem agenda oficial e sem missão diplomática concreta. A tentativa de arquivar a ação judicial representa mais do que uma estratégia processual. Trata-se de um movimento para normalizar o privilégio. Se o Judiciário aceitar essa alegação, qualquer parente de autoridade poderá utilizar aeronaves militares sem prestar contas. O Brasil não pode seguir nesse caminho. O respeito ao dinheiro público e a distinção entre o que é oficial e o que é pessoal precisam prevalecer. Além disso, a omissão das instituições apenas aprofunda o abismo entre o Estado e os cidadãos.

A Força Aérea Brasileira cumpre sua missão constitucional ao prover transporte aéreo ao alto escalão do Estado. A decisão sobre quem embarca, para onde e por qual motivo, parte das autoridades civis. À FAB cabe apenas executar a missão com segurança e profissionalismo. Entretanto, o uso frequente de aeronaves militares para compromissos sem valor público afeta diretamente sua imagem. Como consequência, cresce a percepção de que a Aeronáutica serve aos interesses do poder, e não ao interesse da nação.

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