Por duas vezes quase morreram: na queda de avião e cercados por predadores famintos
Drama real na Bolívia: sobreviventes passaram 36 horas cercados por cobras, jacarés e nuvens de mosquitos após queda de avião
O que era para ser um voo rápido entre Baures e Trinidad, na Bolívia, virou um pesadelo. A bordo estavam cinco pessoas, incluindo uma criança de seis anos. Pouco depois da decolagem, o único motor da aeronave falhou. O avião caiu no meio da selva e capotou, indo parar em uma lagoa infestada de jacarés. Os sobreviventes da queda do avião na Bolívia enfrentaram 36 horas de terror, presos sobre os destroços, cercados por predadores e atacados por insetos. Feridos, sem água potável e sem abrigo, enfrentaram o medo de serem devorados a qualquer momento.

A aeronave envolvida no acidente ocorrido em 30 de abril de 2025, na rota entre Baures e Trinidad, na Bolívia, era um Cessna 172M Skyhawk, com matrícula CP-1099.
O Cessna 172 é uma aeronave monomotor leve, amplamente utilizada para voos regionais e de instrução. No caso específico do CP-1099, há registros de um incidente anterior em 2013, quando a aeronave realizou um pouso de emergência em uma rua de Puerto Ballivián, Trinidad, devido a uma falha de motor. Esse histórico pode ser relevante para a investigação do acidente recente.
Sobrevivência em Meio a Jacarés, Cobras e Insetos
Após o impacto, os cinco ocupantes conseguiram sair da cabine parcialmente submersa. Eles subiram na fuselagem e ali permaneceram por 36 horas. Durante esse tempo, jacarés e cobras os observavam à distância. Os sobreviventes estavam feridos e cercados por nuvens de mosquitos famintos. Além disso, não havia abrigo nem qualquer sinal de ajuda. A cada noite, o medo de serem atacados aumentava. O cheiro de combustível, segundo o piloto, pode ter afastado os répteis.
Alimentação Escassa e Esperança no Resgate
A única fonte de alimento era um pacote de farinha de mandioca. Uma das passageiras havia levado o lanche, que acabou salvando o grupo. No entanto, não havia água potável. A lagoa estava contaminada com combustível e, por isso, era impossível beber. Sempre que ouviam som de hélices ou motores, eles gritavam e agitavam roupas para chamar atenção. Infelizmente, por muito tempo, ninguém os viu. Ainda assim, a esperança se manteve firme.
Resgate e Recuperação
Na sexta-feira, um grupo de pescadores escutou os gritos. De imediato, se aproximaram com uma canoa e prestaram os primeiros socorros. Em seguida, chamaram as autoridades e acionaram o Exército boliviano. Um helicóptero realizou o resgate poucas horas depois. Todos os ocupantes estavam conscientes, embora desidratados e feridos. Apenas uma mulher permaneceu internada por causa de um corte infeccionado na cabeça. Os demais foram medicados e liberados após avaliação médica.
Finalizando
Apesar do cenário extremo, todos sobreviveram. A queda não foi o único perigo enfrentado. Na verdade, a maior ameaça veio depois, com a selva, os animais e a espera angustiante por socorro. A história impressiona pela resiliência do grupo. Ao mesmo tempo, alerta sobre os riscos da aviação em regiões remotas e a importância da preparação para emergências.
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